quarta-feira, 31 de julho de 2013

DIA DE LUTO NO FUTEBOL GAÚCHO



ZERO HORA 31 de julho de 2013 | N° 17508


WIANEY CARLET

Dia de luto

A data de ontem, 30 de julho de 2013, ingressará na história do futebol gaúcho como um dia de luto. Ficou decidido que não somos mais capazes de ir a um Gre-Nal e dividir espaços nos estádios com os nossos adversários. E nem cabe criticar a decisão da Brigada Militar. A corporação existe para proteger e não para apartar brigas programadas. É doloroso admitir que venceu a banda podre das torcidas da dupla Gre-Nal contra os interesses da imensa maioria.

Rivalidade


Já aconteceu tiroteio em jogo do Grêmio e facadas em partida do Internacional. Depredações recíprocas nos estádios por ocasião de Gre-Nais se tornaram rotina depois que houve a queima dos banheiros químicos no Beira-Rio. Não existe mais rivalidade entre gremistas e colorados, mas sim o ódio que contempla os piores instintos. Não creio que haja cura para a demência instalada entre as duas torcidas.

Sociedade doente

Acredito que os baderneiros de Grêmio e Inter não chegam a 5% dos torcedores que frequentam os estádios. É a mesma proporção que se verificou nas manifestações de rua quando pequenos grupos de marginais comprometeram movimentos pacíficos e bem-intencionados. Nossa sociedade está doente. As forças policiais, nos dois casos, agiram como era possível agir e, mesmo assim, foram alvejadas por críticas.

Impunidade

Não sei como seria possível separar os marginais das grandes massas. E, mesmo que fosse encontrada uma estratégia para atingir este objetivo, não haveria punição adequada para os desordeiros. Qualquer medida punitiva sempre encontrará um batalhão de advogados dispostos a livrar os bagunceiros da cadeia ou qualquer outra pena.

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