quarta-feira, 28 de agosto de 2013

POLÍCIA INDICIA TORCEDORES DA GAVIÃO

COMO HÁ NOVAS LEIS PENAIS EM ESTUDO NO CONGRESSO, ESTÁ NA HORA DE PENALIZAR OS HOOLIGANS, OS VÂNDALOS, OS PICHADORES, OS LADRÕES, OS AGRESSORES E TODOS OS AUTORES DE CRIMES "MENORES", CONSIDERADOS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO  APENAS PARA OS PARLAMENTARES E PARA JUSTIÇA, MAS NÃO PARA AS VÍTIMAS DESTES BANDIDOS. Caso contrário, a impunidade continuará dando as cartas nesta rotina de criminalidade e violência. Não adiante ter estádios no padrão social com uma justiça morosa, assistemática e leniente. 

G1 28/08/2013 12h30

Polícia indicia torcedores identificados em imagens da briga em Brasília. Leandro Silva de Oliveira e Raimundo César Faustino foram enquadrados pelo Estatuto do Torcedor e podem ser afastados dos estádios por até três anos

Por Fabrício Marques Distrito Federal





A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou os dois torcedores do Corinthians identificados nas imagens da briga entre organizadas do clube paulista e do Vasco, no último domingo, no Estádio Mané Garrincha. Leandro Silva de Oliveira, que fez parte do grupo de corintianos presos na Bolívia após a morte do garoto Kevin Espada, e Raimundo César Faustino, vereador da cidade de Francisco Morato, na Grande São Paulo, foram reconhecidos por um policial militar que estava no jogo e vão responder na Justiça pela confusão.

- Na tarde de terça-feira, um policial militar fez o reconhecimento formal dos dois torcedores, que foram indiciados. Temos 30 dias para concluir o processo e enviar para a Justiça, que tomará as medidas cabíveis - explicou o delegado responsável pelo caso, Marco Antônio de Almeida.

Os dois torcedores foram enquadrados no artigo 41-B do Estatuto do Torcedor, que prevê a exclusão dos estádios por até três anos para quem "promover tumulto, praticar ou incitar a violência, ou invadir local restrito aos competidores em eventos esportivos". Se condenados, deverão permanecer em estabelecimento indicado pelo juiz, no período entre duas horas antes e duas horas depois dos jogos determinados. Ainda segundo a Lei, o descumprimento injustificado da restrição pode levar à prisão.

Nesta terça-feira, a Federação Paulista de Futebol divulgou uma resolução proibindo a entrada nos estádios, por 90 dias, dos dois torcedores indiciados. Flagrado agredindo um policial na briga, o vereador Raimundo César Faustino se justificou dizendo que reagiu ao que considerou uma abordagem truculenta por parte dos agentes. Leandro Silva não se pronunciou sobre o caso.
Leandro Silva estava na briga com torcedores do Vasco em Brasília (Foto: Ed Ferreira / Agência Estado)

De acordo com o delegado Marco Antônio de Almeida, ainda nesta quarta-feira testemunhas deverão fazer o reconhecimento formal de mais um torcedor corintiano identificado nas imagens da confusão. Trata-se de Cleuter Barreto Barros, reconhecido em fotos publicadas pelo jornal "O Estado de S. Paulo". Assim como Leandro Silva, Clauter também fez parte do grupo de corintianos presos na Bolívia.

A Polícia Civil segue analisando as imagens do circuito de segurança do estádio para fazer a identificação de outros envolvidos na briga. Todos devem ser enquadrados no artigo 41-B do Estatuto do Torcedor.

- Vamos continuar investigando até que o maio número possível de pessoas sejam identificadas - concluiu o delegado.



28/08/2013 12h42

Imagens da pancadaria em Brasília identificam mais um preso de Oruro. Cleuter Barreto Barros, da Gaviões da Fiel, aparece de casaco cinza na confusão durante o jogo Vasco x Corinthians no Mané Garrincha

Por GLOBOESPORTE.COMSão Paulo



Mais um torcedor do Corinthians preso em Oruro, na Bolívia, pela morte do garoto Kevin Espada, durante jogo da Taça Libertadores, foi identificado nas imagens da briga entre corintianos e vascaínos no último domingo, no Mané Garrincha, em Brasília, pelo Brasileirão. Trata-se de Cleuter Barreto Barros, o Manaus, membro da Gaviões da Fiel, que aparece de casaco cinza nas imagens da confusão. A informação é do jornal “O Estado de S. Paulo”.

Cleuter aparece de casaco cinza na confusão em Brasília (Foto: Ed Ferreira / Agência Estado)

Além de Cleuter, Leandro Silva de Oliveira, o Soldado, outro dos detidos em Oruro, também aparece nas fotografias da briga de Brasília. Os dois foram indiciados pela morte de Kevin. Segundo o jornal, as imagens do confronto no Mané Garrincha foram comparadas com fotografias dos dois membros da Gaviões em Oruro por membros da Associação Brasiliense de Peritos em Criminalística, que chegaram à conclusão de que se trata das mesmas pessoas.

Na Megafoto da partida, Cleuter também aparece (Foto: Claudio Paschoa / Megafoto.org)

A família de Cleuter é de Manaus. Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM publicada no começo de agosto, o irmão do torcedor, Carlos Augusto Barreto, disse que o corintiano havia garantido que deixaria o fanatismo de lado após passar 156 dias detido fora do país.

Cleuter durante o episódio de Oruro (Reprodução)

Depois de mais esse caso de violência envolvendo membros da principal uniformizada corintiana, o Ministério Público de São Paulo defende a dissolução da torcida.

Além de Soldado e Manaus, Raimundo César Faustino, vereador de Francisco Morato, na Grande São Paulo, também aparece na confusão dando um chute em um policial. Ele foi o único dos identificados na confusão a dar sua versão. Disse que reagiu ao que considerou uma abordagem truculenta por parte dos agentes e que "chutou sem pensar".

O Corinthians divulgou nota oficial condenando a violência e cobrando punição aos envolvidos. Já a Gaviões da Fiel, também em nota, transfere a responsabilidade pela confusão aos organizadores do confronto entre Vasco e Corinthians, por não prever confrontos entre as duas torcidas.



25/08/2013 19h08

Corintianos tentam atacar vascaínos e provocam confusão em Brasília. Membros de uniformizadas do Timão aproveitam ausência de divisão entre torcedores no Mané Garrincha e partem para a briga

Por Rodrigo Faber e Raphael ZarkoBrasília




Uma confusão marcou o intervalo da partida entre Vasco e Corinthians, neste domingo, no Mane Garrincha, em Brasília, pelo Brasileirão. Membros de torcidas organizadas do Timão aproveitaram o fato de o estádio não contar com divisórias e invadiram o setor destinado aos vascaínos. Surpreendida, a Polícia Militar teve trabalho para mandar os corintianos de volta ao local onde estavam posicionados - havia poucos agentes no local. Eles tiveram de apelar para spray de pimenta para tentar conter a confusão. Imagens mostram torcedores feridos (assista ao vídeo). Alguns dos vândalos cobriram o rosto para não serem identificados.

Após a entrada pacífica, quando torcedores de ambos os clubes confraternizavam, inclusive, alguns corintianos que entraram atrasados no estádio aproveitaram o intervalo para correr em direção ao setor onde estavam os vascaínos, que recuavam, evitando o confronto.

Havia poucos policiais no setor onde ocorreu a briga (Foto: Raphael Zarko)

Um dos repórteres do GLOBOESPORTE.COM, ao tentar fotografar a confusão, foi empurrado e ameaçado por dois torcedores do Corinthians. Assustadas, pessoas correram em direção ao setor de imprensa. Alguns dos corintianos tentaram quebrar as cadeiras do estádio, que foi reformado para a Copa do Mundo e é considerado um dos mais modernos do país.

Polícia usa spray de pimenta para dispersar a confusão (Foto: Andressa Anholete / Agência Estado)

A rivalidade entre torcidas de Vasco e Corinthians é conhecida de longa data. Em 2009, antes do segundo jogo da semifinal da Copa do Brasil, um corintiano foi por morto por vascaínos, em briga na Marginal Tietê, em São Paulo. Em reação ao ato violento, os paulistas revidaram queimando um dos ônibus que havia transportado os vascaínos até São Paulo. Para o jogo deste domingo, por exemplo, torcidas organizadas do Corinthians proibiram mulheres e menores de idade de viajar, prevendo confusões.

Confusão começou porque corintianos tentatam atacar vascaínos (Foto: Raphael Zarko)


terça-feira, 6 de agosto de 2013

OS HOOLIGANS DA GUERRA NO TRENSURB

ZERO HORA 06 de agosto de 2013 | N° 17514

PAULO GERMANO

GRE-NAL. Os personagens da guerra no trensurb


A pancadaria que envolveu dezenas de torcedores na manhã de domingo, com direito a explosões e vandalismo na Estação Sapucaia, foi um capítulo previsível de uma guerra que avança rente aos trilhos do trensurb.

Gremistas e colorados da Região Metropolitana disputam o domínio das estações de trem há 15 anos. Horas antes do Gre-Nal, foi o grupo do Grêmio que preparou uma tocaia para espancar os rivais.

– Em dias de Gre-Nal, sempre há confronto – confirma o capitão Rafael Luft, comandante do 33º Batalhão de Polícia Militar de Sapucaia do Sul.

Na manhã do último clássico, por volta das 10h, boa parte do grupo chamado Terror do Trem – formado especialmente por integrantes da Geral do Grêmio que se opõem aos principais líderes da torcida – embarcou em um vagão na Estação Luiz Pasteur, no limite entre Sapucaia e Esteio. O destino, claro, não era a arena gremista. Era a estação anterior, a Sapucaia, onde os torcedores do Inter se concentravam para partir mais tarde rumo ao estádio.

Aquele grupo de colorados se intitula Comando Trem. Seu logotipo no Facebook exibe com destaque a palavra “hooligans”, em referência aos violentos torcedores da Inglaterra. São, em sua maioria, integrantes da Guarda Popular, a principal torcida organizada do Inter. Surpreendidos pelos gremistas, que chegaram armados com pedras e barras de ferro que catavam no caminho, os colorados revidaram até com bombas.

– O trem, para nós, é como o Beira-Rio. É onde se reúnem as pessoas mais pobres, o povão mesmo, que nunca consegue ir de carro para o estádio. De uns tempos para cá, veio esse pessoal do Grêmio dizendo que eles é que comandam o trem. Não vamos ceder essa liderança – afirma um líder do Comando Trem.

Um dos fundadores do Terror do Trem – que surgiu em 1999 como resposta ao grupo colorado –, um gremista que se desligou há pouco da Geral, tenta explicar o tumulto:

– Assim como há rivalidade sobre qual estádio recebe mais gente, também há rivalidade sobre a maior torcida dos vagões.

No quebra-quebra de domingo, os colorados depredaram janelas e portas do vagão em que a torcida do Grêmio tentava escapar. Ninguém foi preso. Só nos próximos dias é que a 2ªDelegacia da Polícia Civil de Sapucaia deve iniciar as investigações, porque a ocorrência foi registrada em Canoas – e a burocracia atrasa o início das apurações.


DIOGO OLIVIER - Episódios Gre-Nal

Não tivemos violência dentro da Arena, o que é motivo de júbilo. O caminho da paz é complexo, pois é impossível dissociar o futebol do contexto do país, cuja criminalidade e insegurança crescem ao ponto de certas barbaridades correrem o risco da banalização. Mas não podemos esquecer o tema, e isso passa por providências para três episódios que não contribuem em nada para a civilidade:

1) O torcedor do Inter que fez da cadeira da Arena um banheiro de casa. Nem vale falar muito para não celebrizar tamanha idiotice. A direção colorada deveria agir, se for sócio.

2) O bate-boca e empurra-empurra entre seguranças do Grêmio e da Arena Porto-Alegrense antes do jogo. Não tinham que dar exemplo?

3) A depredação no trensurb, por colorados e gremistas. O vídeo com um senhor de idade sendo atropelado e levantando sem ninguém a ajudá-lo é o fim do tempos. É preciso punir, já.



WIANEY CARLET - Nojeira

Algumas cadeiras quebradas no setor onde ficaram os colorados é, por enquanto, o saldo negativo do Gre-Nal. Mas, a grande e fedida novidade foi protagonizada por um colorado que, desprezando os novíssimos e belíssimos banheiros da Arena, resolveu fazer cocô na cadeira. E, para completar a escatológica agressão, decorou as paredes próximas com a matéria ali posta, indevidamente. Supõe-se que a deplorável ação tenha acontecido após o jogo. É impossível imaginar que os torcedores tivessem suportado em silêncio os efeitos da porcaria. Certa vez, o ponteiro Éder defecou no sapato do treinador do Grêmio, na época, Telê Santana. Virou lenda. Agora, é um colorado quem macula a beleza da Arena e distribui a foto da sua obra pelas redes sociais, como se fosse uma proeza. Que nojeira!

Perfeição

O trabalho da Brigada Militar foi perfeito. A condução dos colorados para a Arena do Grêmio teve precisão cirúrgica. Durante o jogo e na saída repetiu-se o cumprimento exato do planejamento dos comandantes da BM. Lamente-se, apenas, que para proteger torcedores em um jogo de futebol fosse necessário mobilizar mais de 700 policiais. A Brigada foi bem, mas as pessoas continuam muito mal.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

CLIMA DE TENSÃO ENTRE A BM E A GERAL DO GRÊMIO

CORREIO DO POVO 29/07/2013 18:00

“Foi um abuso total”, critica torcedor agredido por BM na Arena. Juliano Franczak denuncia truculência dos policiais em abordagem antes do jogo do Grêmio



Torcedor foi retirado à força pela Brigada Militar
Crédito: Mauro Schaefer


Um dos personagens símbolos da Geral do Grêmio, Juliano Franczak – o gaúcho da Geral – disparou fortes críticas a Brigada Militar após ter sido retirado por policiais nesse domingo, quando o Grêmio enfrentava o Fluminense, pelo Brasileirão. Para ele, o clima entre a torcida tricolor e a BM está se desgastando cada vez mais, o que gera uma violência maior: “Foi um abuso total, não tem explicação” disse ele, à Rádio Guaíba

Franczak foi retirado à força do estádio, após uma confusão. “Foi um abuso total de autoridade. A gente está vivendo numa ditadura camuflada pela democracia. A gente não pode fazer nada mais”, reclamou. “Ontem chegaram lá, me retiraram do local, não me falaram nada, o porquê, as pessoas vinham perguntar por que estavam me tirando e eles mandavam calar a boca.”

O torcedor relata que tem um problema no tornozelo e que, por isso, usa muleta às vezes. E costuma utilizá-la como um mastro improvisado para a sua bandeira do Grêmio. O procedimento, conforme ele, já foi feito em diversas oportunidades e até então não havia dado problema. A BM o teria retirado da Arena justamente por causa do objeto.

“Grêmio está sendo omisso”

Para Franczak, o clima de tensão entre BM e Geral está se deteriorando com o passar do tempo. E o Grêmio não colabora para melhorar a relação entre as partes, por conta de – conforme ele – disputa política no clube. “O Grêmio está sendo omisso, deixando que aconteça. No meu ver estão querendo que acabe com a torcida”, ressaltou. “Estão querendo acabar com o vínculo do (Paulo) Odone.”

O torcedor acredita que a polícia gaúcha quer terminar com a Geral. “Sempre esteve na cabeça deles (BM) acabar com a torcida. Para eles é mais fácil. Vejo que eles estão sempre achando alguma coisa”, afirmou ele, que vê na ação dos brigadianos o estopim para os confrontos: “Acredito que a maioria da confusão é pela truculência com que a Brigada entra. Causa uma revolta geral”, argumentou. “A maioria das vezes é por conta da autoridade que eles têm lá dentro. Acaba censurando o torcedor.”

Fonte: Rádio Guaíba e Correio do Povo

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